Consultas no Domicílio em Psicologia Clínica, sim ou não?

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notícias das Caldas
|D.R.

Caríssimos Leitores:
Esta semana surgiu-me uma questão pertinente – a Dra não podia atender-me lá em casa?
São várias as situações em que os técnicos de saúde têm necessariamente de se deslocar ao domicilio do paciente.

Porque é que este serviço, especificamente em Psicologia, é mais complicado?
Pela dinâmica que se cria no setting do consultório. O consultório de Psicologia é um espaço diferente, tendencialmente mais acolhedor, preparado para consultas mais longas, polarizadas no paciente. Neste espaço, o terapeuta funciona como consciência, tentando “neutralizar-se” o mais possível.
Como replicar as mesmas condições em casa do paciente quando, na maioria das vezes, nem está sozinho? Quando não está suficientemente à vontade para falar por ter sempre alguém a escutar por detrás da porta?
Sair do conforto do seu espaço, assumir que precisa de ajuda e ter de procurá-la é o primeiro passo! Temos avanço! Entrar noutro pensado para potenciar a relação terapeuta-paciente, o insight, é mais um passo para a tomada de consciência, para fazer diferente dali em diante.
Devem ser bem analisados os prós e os contras. Os benefícios superam os pontos menos favoráveis? Nomeadamente nos casos de impossibilidade da deslocação por reduzida mobilidade (estar acamado, por exemplo), a vantagem superará seguramente o setting menos adequado.
Domicílios – sim ou não? Talvez! Desde que o paciente retire o melhor proveito, valerá certamente a pena>!>
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Sara Carvalho Malhoa