Gazeta das Caldas
Nuno Mangas, presidente do IAPMEI, elogiou as empresas

Na cerimónia de distinção das PME-E, que decorreu em Braga, subiu ao palco apenas uma empresa da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM): a Suipec, que ganhou o título “Criação de Valor” e, por isso, foi também a única da região a receber dois troféus. A Suipec foi fundada em 1989 em Casal da Charneca, no concelho de Alcobaça, é liderada pelos irmãos Fernando e Nelson Vicente, e emprega 38 pessoas.

Na sessão, em que também foram reconhecidas empresas de outras regiões do país, em sete categorias – Mais Exportação Mais Produtividade, Criação de Valor, Mais Crescimento, Empresa Gazela, Mais Emprego e Longevidade -, o presidente da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), Nuno Mangas, destacou o mérito das PME-E.
“Hoje [17 de abril] distinguimos, sobretudo, as pessoas que pelo seu dia a dia tornam este acontecimento possível: empresários, famílias, gestores, colaboradores, que aqui estão pelo mérito do seu desempenho”, referiu Nuno Mangas, adiantando que para o “IAPMEI e para o Turismo de Portugal é muito grato” realizar a cerimónia de entrega dos galardões, “celebrando e partilhando o sucesso” das PME.
“Um dos desígnios que nos move é alargar o número de empresas que se destacam pelo seu desempenho e conseguem ser competitivas num mercado cada vez mais global”, referiu o presidente do IAPMEI, explicando que esta atitude “significa também ampliar o número de empresas exportadoras e aumentar o número das que inovam, que se diferenciam na oferta de bens, produtos e serviços, ou que utilizam novas tecnologias nos seus processos produtivos ou organizativos, sempre com base em princípios de sustentabilidade”.

O estatuto PME-E existe há uma década e Nuno Mangas verifica com “grande satisfação uma adesão cada vez maior, de ano para ano, e uma consolidação da sua importância para as empresas”. “As PME Líder e Excelência acrescentam inquestionável valor imaterial associado à solidez financeira, à boa governação, à imagem e à notoriedade das empresas, que passam a funcionar como pontos de referência nos seus sectores de atividade”, considera.
Desde a primeira edição, em 2009, e “apesar do difícil contexto económico que as empresas enfrentaram nesse período e de um grau nos critérios de exigência na seleção que se tem reforçado por várias vezes, o número de PME-E cresceu de forma expressiva: passámos de 376 empresas em 2009 para 2.378 em 2018”, referiu o presidente do IAPMEI, destacando que “esta evolução reflete o dinamismo das PME portuguesas e dos seus empresários, mas também é o reflexo do crescimento e da crescente notoriedade deste estatuto”.
Na sua perspetiva, “importa também sublinhar que são responsáveis por mais de 86 mil postos de trabalho e, muito importante, uma em cada quatro são classificadas como de alta tecnologia e forte intensidade de conhecimento. São as melhores das melhores empresas”.
Um quarto das galardoadas (21) na área da OesteCIM pertence ao sector do turismo. O concelho de Torres Vedras lidera, com 5, seguido pela Nazaré e Caldas da Rainha (quatro cada um). A nível nacional foram distinguidas 472 marcas do turismo, mais 20% que o ano passado, que representam 19,8% do universo PME-E.
No conjunto, representam 13.848 postos de trabalho diretos e apresentaram um volume de negócios de 865 milhões de euros, representam um ativo líquido de 795 milhões de euros, e têm uma autonomia financeira média de 61% e bons níveis de rentabilidade.
Em todo o país, foram distinguidos este ano 326 estabelecimentos de restauração e bebidas, 112 alojamentos, 16 agências de viagem, 12 empresas de animação turística e seis rent-a-car.
Os distritos de Lisboa, Porto e Faro são aqueles em que se concentra um maior número de empresas com estatuto de PME-E na área do turismo: Lisboa tem 140, Porto 105 e Faro 103, significando 73,7% do universo sectorial.
“Em termos evolutivos, de 2009 a 2018, o número de empresas do turismo distinguidas passou de 27 para 472. Só de 2017 para 2018, registou-se um acréscimo superior a 20%”, destacou o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
Na oportunidade, Luís Araújo considerou “essencial o apoio às empresas no desenvolvimento de uma visão criativa e inovadora, para posicionar Portugal como líder do turismo do futuro”.