João Tarzan colocou o Caldas na frente logo aos 5 minutos. Os caldenses sentiram demasiado conforto no jogo, deram o controlo ao adversário e acabaram por sofrer o empate de grande penalidade

Campo: Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria
Árbitro: Gonçalo Nunes (Lisboa)
Assistentes: José Costa e Bruno Cunha

U. Leiria 1

Fábio Ferreira; João Dias, Roberto Cunha, Laércio Morais, Emanuel Freitas e David Gonzalez (Bryan Rosa 53’); Helistano Manga e Alex Oliveira; Renato Gaspar, Lucas Reis e João Silva
Não utilizados: Henrique Fernandes, Filipe Moreira, Vasco Pontes, Alexis Rodrigues e Ruben Gouveia
Treinador: Carlos Delgado

CALDAS 1

Luís Paulo [6]; Passos [6], Militão [6] (C), Yordy [6] e Farinha [6]; Paulo Inácio [6], Bernardo Rodrigues [5](Bruno Eduardo [4] 73’) e Pedro Faustino [5]; Hugo Neto [5] (André Santos [4] 60’), João Tarzan [6] e Ruca [5] (Januário [4] 78’)
Não utilizados: Rui Oliveira, Gaio, Leandro e Juvenal
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1 João Tarzan (5’), 1-1 João Dias (76’ gp)
Disciplina: amarelos a David Gonzalez (8’), Emanuel Freitas (44’), Bernardo Rodrigues (61’), Januário (90’+2), André Santos (90’+4), Farinha (90’+4) e Lucas Reis (90’+4)

Carnaval é folia e diversão. Talvez tenha faltado um pouco de Carnaval ao jogo do Caldas em Leiria para trazer mais do que o ponto referente ao empate.
Perante uma U. Leiria a tentar recompor-se da revolução que sofreu com a saída de vários jogadores e mudança no comando técnico, o Caldas teve o melhor início de jogo possível.
Logo no arranque, instalou-se nas imediações da área, conquistou três cantos sucessivos e depois um livre do qual saiu o cabeceamento vitorioso de João Tarzan ao segundo poste, que inaugurou o marcador.
Mas esse “melhor arranque possível” acabou por não o ser assim tanto. O Caldas sentiu conforto no jogo, porque cada vez que acelerava um pouco os processos ficava a impressão que poderia chegar facilmente a um segundo golo.
Porém, do outro lado estava uma equipa abnegada, ciente dos seus pontos fracos, mas decidida a lutar pelo jogo. O lance ao minuto 23 deixou um aviso do que poderia fazer a turma leiriense. João Dias subiu pelo corredor direito e assistiu Renato Gaspar para um remate que Luís Paulo desviou para o poste.
O Caldas controlava o jogo e teve mais duas oportunidades claras para fazer o segundo golo, mas não fez. Primeiro num canto, Militão viu o cabeceamento bloqueado por um defensor, Ruca na recarga acertou em Farinha. Depois foi o lateral, já perto do intervalo, a rasgar a defesa num lance em dribles e a ver Fábio Ferreira negar-lhe o golo com uma bela intervenção.
Na segunda parte o Caldas tirou a folia ao seu jogo, abrandou demais o ritmo, demitiu-se de fazer um controlo com posse de bola. A U. Leiria cresceu, foi acreditando a cada lance em que conseguiu aproximar-se da baliza. Aos 60’, Militão cortou em esforço um centro promissor de Laércio. Dez minutos depois foi Passos a bloquear remates de João Silva e Laércio.
Até que a insistência compensou. A um quarto de hora do final, Alex Oliveira foi ao chão no contacto com Yordy. João Dias converteu a grande penalidade. O Caldas já não foi a tempo de despertar para o jogo e até foram os leirienses a desperdiçar chances para ganhar o jogo.

MELHOR DO CALDAS

Joao Tarzan 6

Em duas oportunidades fez um golo. Não se lhe podia ter pedido muito mais. Mais “preso” na frente, teve pouca bola para fazer mais diferença.

 

 

 

 

Passos, jogador do CaldasQualidade na posse
“Era um jogo em que a posse de bola, e qualidade dessa posse, seria determinante, porque estava calor que tornava o jogo difícil. Estivemos melhor na 1ª parte, mas na 2ª não conseguimos fazê-lo, de todo. Sempre que recuperávamos a bola eles ganhavam e saíam eles para ataque organizado. Tentámos fechar ao máximo, tivemos a infelicidade de sofrer um golo num penalti duvidoso. Se calhar o empate acaba por ser justo pelo que eles fizeram na segunda parte. Nós temos que melhorar.”

José Vala, treinador do caldas
Má abordagem
“Entrámos bem e passou aquela sensação de alguma facilidade nos primeiros minutos, que sabíamos que não era real. Marcámos e tivemos mais oportunidades. Ao intervalo, provavelmente a mensagem que se passou, mas não era o que se pretendia, foi de segurar o resultado e isso, com 1-0, normalmente não resulta. Baixámos muito o bloco, demos os corredores laterais para progredirem com bola. Assumo a responsabilidade pela má abordagem que fizemos.”

C. delgado, treinador da u. leiria
Avanço de 45 minutos
“Demos, mais uma vez, uma parte de vantagem ao adversário. Se na 1ª parte tivéssemos feito o que fizemos na 2ª, e era esse o nosso plano de jogo, ou seja, ter bola, o resultado podia ter sido diferente. Falta estes rapazes acreditarem na qualidade que têm.”