Três empresários caldenses recuperaram imóvel e criaram um espaço inovador para trabalho e lazer

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Gazeta das Caldas - CoWork
Os três sócios José Elói, Rui Vieira e Daniel Duarte, que uniram sinergias para criar um espaço de co-work

Três empresários caldenses – José Elói (Maratona), Rui Vieira e Daniel Duarte (IPremium) – recuperaram um edifício de três pisos na Avenida 1º de Maio e criaram um espaço de co-work com cafetaria e que aproveita a loja da Apple que já existia. A tecnologia é uma das imagens de marca deste projecto.

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O edifício ganhou uma nova utilização e nobreza, desde o exterior remodelado até um interior que privilegia um design moderno e a entrada de luz

Abriu recentemente a Prontos, no nº 20 da Avenida 1º de Maio. Trata-se de um espaço de co-work que ocupa três pisos e que nasce da colaboração de três empresários caldenses – José Elói (Maratona) e Rui Vieira e Daniel Duarte (IPremium).
O trio decidiu criar uma nova marca: a Prontos, que inclui as três valências: as duas que as empresas já tinham (cafetaria por um lado e assistência da Apple por outro) com uma nova que criaram (o espaço colaborativo).
Equipado com secretárias espaçosas e dotado de luz natural, a Prontos tem ainda como grandes atractivos o facto de ter no mesmo edifício uma loja com assistência técnica especializada e uma cafetaria com lounge.
Num espaço tecnológico como este, para entrar é preciso uma app para smartphone, que abre a porta com uma chave inteligente. Isto dá autonomia aos utilizadores para entrarem quando querem. As mesas estão equipadas com carregadores sem fios. Há sensores de temperatura, de CO2 e de ruído na sala, há videoprojectores, mesas de ping-pong e videojogos.
A vista para a avenida e a luz natural que entra pelas vidraças são dois atractivos de um espaço que tem internet de alta velocidade, acessível todos os dias entre as 7h00 e a meia-noite, bem como duas salas de reuniões e serviço de impressão.
Quanto ao estacionamento, os co-workers têm um preço especial se quiserem deixar o seu carro no silo que se localiza na rua Fonte do Pinheiro.
A Prontos está vocacionada para pessoas que têm reuniões na cidade e não possuem um espaço para as realizar, os freelancers que trabalham em casa ou em cafés, e profissionais que podem agora deixar de pagar a renda de um escritório se só precisarem desse espaço com menos frequência.
José Elói diz que “este é o futuro porque as pessoas cada vez mais percebem a diferença entre trabalhar em casa ou em ambiente partilhado onde se potencia o networking”.
Os planos são flexíveis: há os nómadas (quatro horas custam 10 euros e oito horas custam 15 euros) e os fixos (130 euros por mês para uma pessoa, 195 euros para duas e 225 euros um estúdio para três pessoas), que têm direito a apoio informático. Depois existe a opção remote, que custa 40 euros e que é a domiciliação de empresa neste espaço.
O edifício – que tinha um gabinete de contabilidade, uma loja de venda de ouro e uma igreja – foi todo reabilitado em obras que demoraram quase cinco meses. Os empresários recuperaram todo o imóvel, dando uma nova utilização e nobreza a um local cujo potencial não estava devidamente explorado. A cortiça e a madeira predominam na sala, que apresenta modernos candeeiros e uma zona de reuniões com insólitos sofás.
O trio de empresários não quis divulgar o montante investido.
José Elói diz que optaram por “criar um produto de excelência, que não foi pensado para o lucro fácil, mas sim para ser confortável”.
Com a abertura da Prontos, foram criados sete novos postos de trabalho (um no espaço colaborativo e seis na cafetaria).
“O nome tem o potencial de ficar gravado na memória e dá para criar trocadilhos em termos de comunicação pois permite um lado descontraído, mas sério, irreverente e jovem”, disse o empresário.

Uma app para evitar filas na cafetaria

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No rés-do-chão funciona a Prontos Coffee Break by Maratona, que está aberto de segunda-feira a sábado, das 8h00 às 20h00, e que serve o espaço de co-work, mas também o público.
Neste espaço está a ser lançado uma submarca, a Prontos a Comer, que vende produtos dentro da linha do Maratona – como wraps e saladas -, mas de forma a que possam ser levados em take-away.
Entre a oferta há também uma aposta em comidas saudáveis. Por exemplo, para os pequenos-almoços e lanches há iogurte natural e frozen iogurte, sumos naturais e batidos, entre muitas outras opções. Na vitrine estão os enrolados, que são caracóis de massa folhada com referências doces (morango, chocolate e avelã; abóbora e nozes; doce de ovo e amêndoa e maçã e canela) e salgadas (fiambre de aves, queijo creme, orégãos e rúcula; bacon, queijo, alho francês e cogumelos; salmão fumado, queijo creme orégãos e rúcula e de queijo creme, alho francês e cogumelos) Todos os dias há pelo menos um prato de carne, um de peixe e um vegetariano.
Dentro da linha tecnológica que marca o espaço, existe uma app que permite fazer o pedido, pagar e depois ir ao balcão apenas levantar a comida quando receber uma notificação no telemóvel. Isto permite “gerir o tempo e evitar filas”, fez notar José Elói, esclarecendo que tanto serve para os co-workers, no primeiro andar, como para qualquer outra pessoa.

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