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notícias das Caldas

Todos sabemos que uma boa gestão do tempo implica rigor e organização. É o que se passa sobre a máxima de termos diariamente 8 horas para trabalho, 8 horas para lazer e 8 horas para descanso.
Há algumas teorias que apontam para a necessidade de um bom período de horas de sono, mas não necessariamente 8 horas, havendo quem consiga recuperar as energias apenas com seis a sete horas de um bom sono.
O que se passa com os portugueses é um deixar-se prender por alguns programas de televisão que nem oferecem cultura, nem lazer… E no dia seguinte, porque o corpo não recuperou o suficiente, o rendimento de trabalho é menor e lá vai mais um café, após o primeiro para arrancar.
O lazer faz muita falta, com ou sem exercício físico, mas já li a teoria de um psicólogo que dizia “hoje faz falta ter tempo para não fazer nada”. Pergunto-me se em família privilegiamos os tempos em que todos estão em casa para abordar temas que se tornem conversas educativas e formativas, num prolongamento do que as crianças aprendem na Escola.
Por outro lado, há que manter uma consciência do nosso papel no mundo: o que é que eu posso fazer para melhorar tudo o que me cerca e em que eu me envolvo? O sentido da construção do ser humano – e do mundo em que habita – é um tema recorrente do Papa Francisco. Daí que seja importante olhar e ler a realidade, melhor dito as realidades, de hoje com os olhos de Deus, para acender e iluminar, com a chama da fé, os corações dos homens, num período histórico de desânimo e de crise social, económica, moral e de forte negatividade.
Há dias, o Bispo D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, afirmou em entrevista à Agência ECCLESIA e à Renascença que “a transparência é o preço da credibilidade” das instituições de solidariedade e valorizou o peditório público da Cáritas.
Quando as tragédias humanas exigem um esforço coletivo, a sociedade apronta-se com alguns voluntários, mas ainda há muito a fazer em termos da consciência, quando a opção vai para o ficar em casa nas pantufas e no sofá, em vez de arregaçar as mangas e agir para o bem comum. Por isso D. José Traquina alertava que os cristãos que participam numa missa e ouvem o Evangelho não podem desinteressar-se pelos problemas da humanidade.
No sentido do lazer, a Vila de Óbidos vai receber a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), no dia 7 de abril, Domingo, que vai contar com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. Também aqui tem de haver empenho e rigor para que esta seja uma oportunidade para criar entusiasmo e mobilização junto da juventude.

Diácono Romero