A semana do Zé Povinho – 22-09-2017

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Gazeta das Caldas
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Zé Povinho admira a persistência e entusiasmo dos dirigentes mais destacados do Conselho da Cidade, que conceberam e fizeram, por absoluta carolice e no exercício dos seus direitos de cidadania, a apresentação do projecto do Centro de Interpretação para a Lagoa de Óbidos para concorrer à iniciativa recente do governo para o Orçamento Participativo de Portugal (OPP).
Este projecto para a Lagoa, que tem um financiamento estimado de 104 mil euros, conseguiu classificar-se na votação popular em segundo lugar na região Centro, em terceiro no conjunto dos projectos regionais e em quinto a nível nacional, com 1601 votos.
A acção obsessiva e verdadeiramente militante destes dirigentes, encabeçados pela sua presidente, Dra. Ana Costa Leal, que já habituou os caldenses e obidenses a outras iniciativas inéditas e inovadoras, mostrou o quanto vale saber e querer, para atingir resultados para o bem comum na defesa de um património natural importante.
O projecto 268 tem como objectivo a criação de um centro interpretativo que, tendo a Lagoa de Óbidos como tema central, permita abordar, divulgar e estudar diversas áreas do conhecimento como a Ecologia, Biologia, História, Sociologia, Etnologia.
Zé Povinho assistiu às acções deste conjunto de activistas ambientais e da cidadania, que percorreram todos os locais onde havia cidadãos concentrados para os motivar e mobilizar para participarem na votação.
Os resultados desta eufórica campanha estão à vista e mostram como a região tem gente motivada e capaz de desenvolver acções e projectos de dimensão nacional, que atingem objetivos em que concorrem com outras entidades e regiões de maior dimensão e peso.
Está, pois, de parabéns a Dra. Ana Costa Leal e a sua equipa do Conselho da Cidade que trouxe uma boa notícia para as gentes que gostam da Lagoa de Óbidos e que temem a burocracia da decisão pública e o desleixo ou indolência das responsáveis oficiais.

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Os antípodas da cidadania vivem-se por estes dias na Foz do Arelho onde está instalada a confusão e o nervoso miudinho motivados pela aproximação das eleições autárquicas.
A última Assembleia de Freguesia, onde iria ser divulgado o relatório preliminar às contas de uma associação que é uma espécie de prolongamento da própria Junta de Freguesia, não se realizou porque um “jotinha” do CDS/PP e uns “maduros” do MVC resolveram faltar. Na sala ficaram cerca de 20 fregueses a olhar para uma mesa quase vazia, exemplo supremo do desrespeito dos eleitos para os seus eleitores.
As razões para um tal estranho comportamento escapam a Zé Povinho. Até então havia unanimidade na vontade de querer apurar a verdade em relação às suspeitas que pendem sobre a gestão da Junta e da associação. Mas de repente o jovem PP resolveu fazer um birra incompreensível, no que foi seguido por elementos do MVC que antes já tinham tirado o tapete ao presidente da Junta e exigido uma auditoria às contas da associação, mas que agora preferiram ir cheirar o bacalhau do Quim Barreiros no comício-festa do CDS, deixando para mais tarde a revelação dos factos ocorridos na sua freguesia.
É a porca da política, diria o criador de Zé Povinho há cento e tal anos atrás.
Quem acabou a rir foi Fernando Sousa, o presidente da Junta de Freguesia (e a sua colega Maria dos Anjos) que viu protelada uma sessão de escrutínio da sua actividade. Enquanto o pau vai e vem… as eleições aproximam-se.
Só que o relatório preliminar (que faz todo o sentido porque a Assembleia de Freguesia que exigiu a auditoria só dura até 1 de Outubro) revela mais uma desastrosa gestão financeira (para usar um eufemismo) das contas da associação que é um prolongamento da Junta e que vive dos seus dinheiros (públicos). Não deveria isto ser suficiente para que estes pequenos políticos ganhassem juízo e mostrassem ser cidadãos dignos da Foz do Arelho?
A freguesia e os fregueses da Foz do Arelho sofrem…