A Semana do Zé Povinho | 24-11-2017

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Gazeta das Caldas
Gazeta das Caldas
José Vala

Há cerca de ano e meio José Vala chegou ao Caldas para uma segunda oportunidade como treinador principal do clube que foi sempre o seu. À chegada disse à Gazeta das Caldas que queria ser reconhecido pelas suas qualidades enquanto treinador e não por ser um homem da casa, ou por ter sido um dos jogadores mais representativos do clube, inclusivamente capitão.
Depois de um início inconstante, em que teria sido fácil colocar tudo em causa, José Vala foi capaz de passar a sua mensagem aos jogadores, de fazer crescer as suas ideias de jogo e terminou a primeira época inteira à frente da equipa com o segundo lugar na fase de manutenção.
Esta época, em que o campeonato vai ser duro até ao fim, o Caldas tem cimentado a sua personalidade competitiva, o que tem provocado elogios mesmo entre os adversários. É um Caldas que apresenta um futebol positivo, em busca do golo, com espectáculo, que merece ser visto e apreciado por muita gente, como, aliás, aconteceu no passado domingo.
Este brilharete na Taça de Portugal, consumado com o tombo provocado aos profissionais do Arouca, só surpreende quem não vê regularmente os jogos. E se os jogadores conseguem ter este rendimento, muito se deve à figura, à paixão e à competência do seu comandante.
Os treinadores de futebol costumam assumir responsabilidade nas derrotas e deixar brilhar os jogadores nas vitórias. José Vala, pela sua humildade, é por certo um desses treinadores, mas Zé Povinho não deixa passar esta oportunidade de o congratular pelo que está a fazer com este grupo de jovens, que por estes dias tem feito o nome do Caldas circular na imprensa nacional pelos melhores motivos.

Gazeta das CaldasA política nacional e os políticos não têm dado com a necessária frequência bons exemplos que possam ser seguidos pelos responsáveis de nível local. As pequenas diatribes são frequentes entre muitos destes responsáveis nacionais e por isso não surpreende que os seus parceiros locais tentam imitá-los, especialmente naquilo que eles têm de pior.
A freguesia de S. Martinho do Porto está a passar por um processo que imita bem, pelas más razões, o que se vê a nível nacional.
Como é possível, ao fim de quase dois meses após as eleições, ainda não estar escolhido o órgão que vai gerir a freguesia? Como é possível que as várias forças não se entendam e todos julguem que têm o poder para impedir os desígnios dos restantes?
Qualquer que seja a solução proposta, com a distribuição dos lugares entre independentes (quatro eleitos), PSD (quatro) e PS (um), esta dificilmente terá vencimento.
Os independentes ganharam as eleições, mas elegeram quatro elementos, enquanto que os dois partidos da oposição têm a maioria porque elegeram ao todo cinco.
Zé Povinho espera que o bom senso regresse e que todos tenham a magnanimidade para aceitarem uma solução partilhada a fim de melhor resolverem os problemas dos seus fregueses.
Quem está a perder é a própria vila e freguesia de S. Martinho do Porto, cuja população determinou aquela votação e que será a mais prejudicada por esta crise que se está a prolongar no tempo.