Pedro Santana Lopes reuniu apoiantes nas Caldas da Rainha

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Gazeta das Caldas
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A sede da concelhia do PSD nas Caldas da Rainha encheu para ouvir o ex-Primeiro-ministro

Pedro Santana Lopes apresentou as linhas gerais da sua candidatura à liderança do PSD na sede da concelhia das Caldas da Rainha. Cerca de 100 militantes quiseram ouvir o candidato que reúne na região apoiantes como o presidente da Câmara de Óbidos Humberto Marques e o ex-presidente Telmo Faria, e também o autarca de Alcobaça Paulo Inácio. Rui Rio também virá às Caldas para uma sessão de esclarecimento, mas apenas em Janeiro.

Santana Lopes chegou às Caldas cerca das 21h30, depois de uma visita à Óbidos Vila Natal, onde inclusivamente assistiu à chegada do Pai Natal. À espera tinha cerca de uma centena de pessoas que quiseram ouvir com que argumentos se candidata à liderança do principal partido na oposição ao Governo.
Apesar de não ter apresentado soluções concretas para os problemas da região, Santana Lopes disse, aos jornalistas, estar consciente de questões centrais como o funcionamento do centro hospitalar e do Hospital Termal, que teve oportunidade de visitar anteriormente enquanto provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. E também da linha do Oeste, cujo mau funcionamento também conhece de perto, desde a altura em que deu aulas em Torres Vedras e se servia da linha férrea para se deslocar de e para Lisboa.
“É uma realidade em todo o país, há queixas de necessidade de investimento”, disse em relação aos dois problemas.
Em relação à ferrovia, defende que é “uma das grandes de carências de Portugal” e que a falta de capacidade para investir obriga a que o Governo tenha de “encontrar formas imaginativas de financiamento para a reabilitação e dinamização das linhas”. Santana Lopes acha curioso que nesta área não se tenha avançado com parcerias público-privadas e defende que a solução pode passar justamente por aí, “com contratos não demasiadamente vantajosos e com vontade política para fazer algo que é fundamental para esta região”.
No discurso aos militantes, Santana Lopes apresentou como um dos eixos da sua candidatura o financiamento das políticas sociais, destacando que quer acabar com “os lares depósito” para a terceira idade. A alternativa é a criação de unidades geracionais que juntem pessoas de diferentes idades ou com a atribuição de incentivos às famílias que acolham os mais velhos.
A reorganização do território é também uma prioridade, promovendo a descentralização governamental. Salientou ainda que tem uma agenda para o crescimento, na qual defende o incentivo ao investimento com políticas fiscais mais atractivas para as empresas e que pretende acabar com a desigualdade do sistema tributário “de quem trabalha e de quem é sacrificado com os recibos verdes”.
Santana Lopes deixou ainda uma bicada a António Costa, que disse que pretende ter boas relações com quem vencer as eleições do PSD a 13 de Janeiro, dizendo que “eu não vou ser mais doce do que era Pedro Passos Coelho”.
Pedro Santana Lopes acredita que o governo da esquerda se vai deteriorar, mas fez questão de referir que o principal partido da oposição não deve aceitar o regresso ao poder sem novas eleições.