Três caldenses e um obidense no conselho nacional do PSD

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Gazeta das Caldas
| D.R.

Os autarcas caldenses Tinta Ferreira, Daniel Rebelo e Hugo Oliveira, e o obidense Telmo Faria, integram o Conselho Nacional do PSD. A estes nomes junta-se o do bombarralense Feliciano Barreiras Duarte que assume o cargo de secretário-geral do partido na nova liderança de Rui Rio.
O 37º Congresso do PSD decorreu durante o passado fim-de-semana em Lisboa e contou com a presença de nove delegados das Caldas e um de Óbidos entre os 36 do distrito de Leiria.

O presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, e o deputado municipal Daniel Rebelo, foram eleitos para o Conselho Nacional do PSD. A este órgão junta-se também, por inerência, o vice-presidente da distrital de Leiria e vereador caldense, Hugo Oliveira.
Também o ex-autarca obidense, e coordenador nacional do programa da candidatura de Pedro Santana Lopes, Telmo Faria, está entre os primeiros nomes da lista de perto de uma centena de sociais-democratas que integram o Conselho Nacional. Este órgão, que reúne quatro a seis vezes por ano e que acaba por ser um congresso em ponto pequeno, discute e sugere as políticas e estratégias da linha programática do partido.
Tinta Ferreira foi pela primeira vez eleito para este cargo, que já ocupou, em substituição, durante o mandato de Marques Mendes. Considera que a “região está bem representada”, tendo em conta os cinco elementos do sul do distrito a figurar em cargos directivos do PSD.
O autarca caldense disse à Gazeta das Caldas que, além de participar nas decisões, irá fazer intervenções que possam ter influência na região. Entre elas estão as questões relacionadas com a saúde e o hospital das Caldas, a descentralização e transferência de competências para as autarquias, a Lagoa de Óbidos e a mobilidade, nomeadamente a Linha do Oeste e o interface desta ferrovia com as estradas nacionais. Tinta Ferreira pretende ainda mostrar a sua preocupação com o serviço público que é actualmente prestado por empresas, sobretudo no caso do serviço postal e energias.
“A participação em órgãos nacionais é importante porque permite defender opiniões, ideias e interesses a nível nacional que depois têm influência no âmbito regional”, resumiu.

Distrital de Leiria apresentou moção

Também a distrital de Leiria do PSD destaca a sua “representação histórica” nos órgãos nacionais. O seu presidente, Rui Rocha, foi eleito vogal da Comissão Política Nacional. No primeiro dia de congresso, este responsável apresentou a moção “Afirmar uma alternativa reformista no Portugal do Sec. XXI”, que foi aprovada por unanimidade.
O documento possui uma parte dedicada a Leiria, onde preconiza o renascimento de uma região massacrada pelos incêndios. Uma catástrofe que trouxe prejuízos humanos, económicos e naturais avultados, mas também uma oportunidade para se olhar para a “floresta na globalidade dos seus recursos e para o ordenamento do território como uma ferramenta de facto e não apenas um conjunto de legislação adaptável a interesses circunstanciais e momentâneos”, refere.
A moção defende ainda que a sustentabilidade da floresta deve ser conjugada com o dever do Estado de protecção às populações, “que tanto falhou em 2017”. Por outro lado destaca a dinâmica do distrito a nível económico e defende a criação de uma universidade de Leiria.
Também considera que as boas acessibilidades são determinantes para o desenvolvimento do distrito, destacando que é necessária a requalificação do IC8/IC2 e a efectiva modernização da Linha do Oeste.
O documento defende também a abertura da base aérea de Monte Real à aviação civil e o reforço dos cuidados de saúde no distrito, com o alargamento dos quadros de médicos e enfermeiros para os hospitais e centros de saúde.
O aproveitamento do potencial da economia do mar, da gestão sustentável da floresta e do turismo, e a afirmação da marca Leiria – Surf District foram outras das propostas apresentadas.

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