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Desde que o Balneário Novo começou a funcionar, em meados de Julho, já ali fizeram tratamento 340 pessoas. No total foram realizados mais de 15 mil actos médicos, entre irrigações, nebulizações, inalações, aerossóis e pulverizações a doentes do concelho, mas também vindos da região de Lisboa, Leiria e Santarém.
José Almeida tem problemas respiratórios e o otorrino aconselhou-o a fazer tratamento termal. Na tarde de sexta-feira tinha terminado as inalações e aguardava a meia hora recomendada para que a temperatura do corpo baixasse e se adaptasse ao meio ambiente, para depois regressar a casa. O caldense é um dos mais de 300 utentes do Balneário Novo, desde que este abriu há cerca de três meses.
Entre os utilizadores das águas termais, cerca de 40% residem no concelho e 60% são de fora, sobretudo da zona de Lisboa, Leiria e Santarém. “Estamos aqui no eixo da A8 e A15, o que também facilita muito a vinda das pessoas”, explica João Frade, gestor do Hospital Termal em representação do presidente da Câmara.
O tratamento da cura termal é normalmente de 12 dias, o que implica deslocações ou que as pessoas fiquem alojadas nas Caldas durante esse período. Nestes primeiros tempos, os utentes estão a deslocar-se mais do que a fixar-se na cidade. “Apenas 15% das pessoas opta por ficar alojada nas unidades hoteleiras durante o período da cura termal”, disse João Frade, que acredita que esta fixação terá tendência a aumentar quando estiver a funcionar a parte de tratamentos para problemas músculo esqueléticos. Esta valência deverá arrancar em meados do próximo ano na ala sul do Hospital Termal e actualmente já possuem perto de 200 pré-inscrições para tratamentos nessa área.
Metade dos utilizadores da inaloterapia tem mais de 55 anos, mas há crianças desde os quatro anos a fazer tratamentos, até pessoas com mais de 70 anos, sendo praticamente igual o número de homens e mulheres.
João Frade explicou à Gazeta das Caldas que têm pedidos específicos para determinadas épocas do ano, nomeadamente os meses de Verão, pois conjugam o tempo de férias e a possibilidade de se deslocarem às Caldas.
Descontos para caldenses
O Balneário Novo tem capacidade para acolher 12 a 15 pessoas por hora e funciona sete horas por dia. Nestes três meses foram realizados mais de 15 mil actos médicos, entre irrigações, nebulizações, inalações, aerossóis e pulverizações.
Os tratamentos podem ser prescritos pelo médico de família e, nesse caso, beneficiar de uma comparticipação que pode chegar aos 35% no montante máximo de 95 euros. Em caso particular, o doente é consultado pelo clínico das termas, que lhe prescreve o tratamento.
A consulta médica tem um custo de 37,50 euros e os tratamentos variam entre os 4,50 euros e os 14 euros. Estes preços têm também uma pequena oscilação consoante se trate de época alta e época baixa. De acordo com João Frade, já há muitos médicos que sabem que os tratamentos reabriram e encaminham os doentes para as termas. Noutros casos, são pessoas que já faziam termas e que agora voltam.
A Câmara das Caldas aprovou, a 30 de Setembro, uma alteração ao preçário que estava definido, diminuindo em 15% o custo nos tratamentos de cura termal aos naturais ou residentes no concelho das Caldas. No caso de virem por indicação médica, esse desconto acumula à comparticipação do SNS.
“É uma questão de justiça”, diz João Frade, acrescentando que a autarquia faz o investimento no termalismo com os impostos dos caldenses. O executivo aprovou ainda uma diminuição de 10% para os caldenses na vertente de bem-estar, que irão funcionar, no futuro, na ala sul do Hospital Termal e há a possibilidade de isentar o pagamento a pessoas com carências económicas.
Os beneficiários do cartão municipal do idoso terão mais 10% de desconto e os bombeiros 5%.
Está previsto o Balneário Novo fechar nos meses de Janeiro e Fevereiro, que é um período mais fraco em termos de afluência e que será aproveitado para fazer alguns acertos e melhoramento nos serviços.
Actualmente trabalham nas termas caldenses três recepcionistas, dois terapeutas, dois técnicos de manutenção, um enfermeiro e dois médicos.
