Museu do Ciclismo apresenta “Kodak’s adormecidos a ver passar os comboios”

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É este o estranho nome da próxima exposição que vai inaugurar no Museu do Ciclismo, comissariada pelo seu próprio director Mário Lino. O título remete para duas vertentes que acabam por se ligar: uma mostra de máquinas fotográficas antigas do coleccionador António José Querido (que possui um acervo de 557 exemplares) e uma exposição de fotografias de comboios antigos da autoria de Mário Lino.

Este encontro de duas tecnologias que marcaram o século XIX – os caminhos-de-ferro e a fotografia – conjugam-se assim numa exposição invulgar onde estão presentes imagens de locomotivas antigas feitas hoje com máquinas digitais, mas que, à época em que foram construídas, só podiam ser retratadas pelas velhas Kodak’s analógicas que agora vão poder ser apreciadas.
Mário Lino diz que sempre teve interesse pelos comboios e especialmente pelas máquinas a vapor, as quais recorda-se de ver na estação das Caldas quando era pequenino. Mais tarde ofereceram-lhe um comboio eléctrico de brincar, o qual gostaria de recuperar para oferecer aos seus netos. Embora o material ferroviário que fotografou se encontre em vários pontos do país, esta exposição pretende também chamar a atenção para a linha do Oeste que este ano fez 130 anos e que é uma das últimas do país que ainda não foi modernizada.